Desde a última vez que me propus a escrever algo pessoal, as coisas não mudaram muito por fora. Mas, por dentro, as transformações foram profundas.
Tenho me dedicado a um projeto específico. Não criei grandes expectativas sobre ele, mas acredito que algum resultado vai surgir — especialmente em termos de aprendizado e experiência.
Tenho tomado meus remédios da forma mais correta possível e, dentro das minhas limitações, venho tentando manter uma postura mais positiva.
Quando pensei neste blog, quando surgiu a ideia de transformar minha vida em palavras, me prometi que só escreveria quando sentisse uma necessidade verdadeira — ou quando algo me inspirasse de verdade.
Geralmente, essa necessidade ou inspiração aparece nos meus piores momentos, especialmente quando tudo parece prestes a desmoronar. E é aí que entra a escrita: como um alicerce, um respiro, um jeito de colocar as coisas no lugar.
Tenho refletido sobre isso — sobre o fato de que minha vontade de escrever quase sempre surge quando não estou bem — e, confesso, me senti meio patética por isso. Não quero, e nunca quis, ser aquela pessoa que escreve se colocando no papel de vítima. Até porque, sinceramente, não me vejo assim.
Nos meus momentos de fragilidade, por mais que eu pareça uma fruta machucada, sei que grande parte da culpa é minha. Eu me coloco, repetidamente, em situações que sei que vão me fazer mal. E admito: sou difícil de lidar.
Pronto. Agora o texto começou a perder um pouco o rumo daquilo que eu queria dizer. Mas tudo bem. A verdade é que eu quero escrever em todos os momentos da minha vida — não só nos ruins.
Hoje, por exemplo, estou num momento de calmaria. Não diria que é um bom momento, mas é um recomeço. Estou voltando a caminhar. E mesmo sem ter nada muito específico pra dizer, quis dedicar um tempo a algo que me faça bem.
Como já comentei, estou envolvida com um projeto e, mesmo sem grandes expectativas, estou feliz em ver uma ideia sair do papel e ganhar forma. Estou gostando de construir cada etapa, de tentar seguir um cronograma, de me envolver com o processo. E mesmo que não dê certo no fim, tudo isso já está me trazendo uma boa dose de aprendizado.
Acho que era isso que eu queria compartilhar. Hoje não vai ter melancolia, nem frases do tipo: “Alguém me salve e me leve pra casa”. Quer dizer… eu sou um pouco assim, sim. Mas também vivo num mundo em que, se escolhi continuar, preciso seguir tentando.
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