Costumo gostar de ocasiões especiais. Sou do tipo que acha interessante as datas comemorativas, momentos em que posso sentar e refletir sobre a existência daquele evento e o porquê de ele ser importante a ponto de merecer uma data para marcá-lo.
Neste mês, completo um ano desde que comecei a escrever as palavras que preenchem este blog solitário. Literalmente, um diário de textos aleatórios, os meus textos soltos. Já enchi diversas páginas com informações, desabafos e sinceridades sobre mim. Me abri, me expus, mostrei minhas partes.
Este espaço acabou se tornando um confidente à parte. Eu não sou alguém que se abre com facilidade pessoalmente, na verdade, nem sempre consigo conversar. Sempre foi um dilema expressar sentimentos, mas passei a me abrir por aqui. E, de alguma forma, isso se tornou poético para mim: escrever em um lugar tão silencioso e vazio. É assim que consigo acalentar minha alma, esvaziar minha mente e ponderar minha existência no mundo.
Confesso que, ao longo do caminho, tive meus tropeços. Vontades de largar tudo e simplesmente desistir. Mas, enquanto escrevia aqui, mantive firme minha regra pessoal dos cinco minutos. Se estou no meio do caos, da turbulência emocional ou de uma crise de ansiedade, sento para escrever. Examino a situação e, depois dos primeiros cinco minutos, consigo me acalmar e encontrar uma saída para aquilo que parecia tão esmagador.
Enfim, este é o meu canto. Meu lar. Meu espaço. Aqui, guardo memórias, algo que tem se tornado cada vez mais precioso para mim, especialmente agora que elas parecem escorrer por entre os meus dedos, como areia.
Sei que posso soar como uma idosa falando assim, mas ainda não sou. Nem cheguei à metade da vida. Mas, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, com essa constante pressão para me adequar ao que esperam que eu seja, acabo me sentindo exausta... e, sim, um pouco velha.
Acho que me perdi de novo no meio das palavras. O que eu queria dizer, desde o início, é: faz um ano que tenho este blog solitário. Vivi grandes altos e baixos por aqui. E sou imensamente grata por poder escrever.
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