Às portas do final de ano, sem saber exatamente como lidar com a vida e procurando um meio de me manter de pé, venho em mais um texto para comentar sobre as coisas.
Sinto uma forte sensação de que estou prestes a fazer as coisas andarem. Não sei, apenas sinto. Gosto de pensar que, no meio desse mar caótico, vou encontrar uma saída. Tenho me agarrado a esse pensamento.
Devo assumir que, neste momento, as coisas estão bagunçadas e parte de mim está sem rumo. Tudo bem — eu acredito no voto de fé que dei a mim mesma.
Grande parte das decisões que tomei ao longo da vida foi movida pelo impulso. Desta vez, não foi o impulso. Eu me sentei e pensei em cada passo. Entendo que nem sempre as coisas saem exatamente como planejamos, e estou preparada para as dificuldades também.
Posso dizer que estou vivendo um dia de cada vez. Mesmo me sentindo perdida e, às vezes, sem saber como continuar. Toda essa parte conturbada que os começos possuem é exatamente o que imaginei que seria. Eu me preparei para o caos inicial — e sigo, mesmo aos tropeços, eu sigo.
É confortante para a minha mente conseguir seguir. Até pouco tempo atrás, eu tinha poucas esperanças; minha saúde estava um caco e meu emocional, devastado. Era como se não houvesse salvação. Agora estou me salvando — e me orgulho desse mérito.
Este texto possui uma serventia única. Não para que outros o leiam, mas para mim mesma. No futuro, quando eu estiver fuçando os textos do passado, vou encontrar este. E quando isso acontecer, espero sorrir e me orgulhar, porque mesmo com todas as dificuldades, mesmo quando quase desisti de mim, pude achar uma solução e, no meio da bagunça que minha vida era, renasci.